quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Doidos para se sentirem normais


E por falar em destaques de BH, os Centros de Referência em Saúde Mental aqui estão dando show no mundo todo.

Diferente de hospitais psiquiátricos, os internos têm tratamento de gente, tendo liberdade para trabalhar (como recepcionista, com artes, bordados, cosméticos, etc.) e ter uma vida digna de cidadão comum. O resultado é tão positivo que os leitos desses hospitais diminuíram de 2,1 mil para 400 e poucos em 16 anos apenas.

Só para dar uma idéia do que esse pessoal passa, coloco aqui 2 depoimentos que separei:

“Tenho desenvolvido um trabalho promissor na Suricato. Até abri uma caderneta de poupança para mim. E aqui ainda existe a solidariedade, a união. Encontrei o outro lado da minha vida, a alegria. Já diminuíram a dose do meu remédio, melhorei muito. Eu achava que ia parar numa camisa de força. Achava que as pessoas iam olhar para mim com preconceito, porque o pessoal lá de fora não tem compaixão com quem tem sofrimento mental”, de Cleiton Xavier, 28 anos, agora marceneiro, e

“Já estive em um lugar que era um inferno. Aplicavam um negócio no meu pescoço que subia para a cabeça e eu ficava apagado. Foi lá que comecei a falar desse jeito”, conta Eloísio,com a voz embolada. Atualmente, ele mora em uma residência terapêutica vizinha ao Cersam Noroeste, aonde vai voluntariamente. “Aqui eles não me batem”, comenta.

Agora é esperar/lutar para que o exemplo seja seguido no resto do Brasil e do mundo. Sem dúvidas de que o que eles precisam é atenção.


PS: Os trabalhadores deficientes mentais dos CERSAMs vendem seus artigos, como aparece na reportagem do Estado de Minas. O bazar é na rua Rio Grande do Norte, 357 – Funcionários – BH, e tem o nome de Coisa de Louco Bazar.

Um comentário:

Carol Dornelles disse...

Olá!
Afim de dar umas risadas?!
Olha só o que eu criei!

http://ladoloucodacaroldornelles.blogspot.com/

Bjos!